José Nogueira dos Reis - História de Santa Eugénia
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Propriedade: José Nogueira dos Reis
Direcção: José Nogueira
dos Reis
Endereço Postal - Rua da Barreira, nº12. 5070/411 Santa
Eugénia
Telemóvel: 938415615
Publicação - Quinzenal
Nº - 0
Série - 0
Ano - 0
Ano Cristão - 2002
Editorial
José Nogueira dos Reis Rua da Barreira, Nº12 5070/411 Santa Eugénia Alijó Telemóvel - 938415615 Email: JNogueiraReis@sapo.pt
Homem Culto de Santa Eugénia, contribuiu para o avanço desta gente, em quase todas as áreas. Sempre disposto a ajudar os seus
conterrâneos, teve o azar de nascer adiantado no tempo. Cultivou quase todos os meandros da cultura, desde a Filosofia à História,
passando pela psicologia, até à Internet.
A titulo experimental, inicio hoje, a publicação deste pequeno boletim informativo.
Pretendo com isto, manter minimamente informados, todos os oriundos desta nossa maravilhosa
freguesia.
Os temas predominantemente aqui tratados serão:
1-O que se passa de relevante na nossa aldeia no espaço de tempo de quinze em quinze dias; desde nascimentos a casamentos,
passando por óbitos, até à politica.
2-Conto também inserir algumas noticias do nosso concelho e até distritais .
3-Incluírei também artigos e trabalhos pessoais, bem como, temas de cultura geral, tais como:
História, filosofia, sociologia e politica.
4-Estou também disponível, e, muito gostaria que os nossos conterrâneos participassem interactivamente nesta nossa modesta
publicação, enviando-me os seus trabalhos:
A direcção
Santa Eugénia encontra-se a quatorze (14) quilómetros da sede de concelho para nordeste e a um e meio (1.5) do rio Tinhela.
Localiza-se no sopé do monte de Santa Bárbara, numa zona de transição do Douro para a região de Trás-os-Montes e no limite
da Região Demarcada do Alto Douro, segundo os limites fixados pelo Marquês de Pombal em meados do século XIX. Na época
medieval, esta freguesia já era referida na documentação portuguesa. Assim aconteceu desde o século XII, e parece que a freguesia
terá mesmo constituído uma paróquia de origem sueva ao longo do século VI. Uma época que representou o lançamento das primeiras
sementes do cristianismo. Segundo a lenda, o nome desta freguesia derivou da aparição de Nossa Senhora, em tempos muito
remotos, no monte que hoje tem o nome de "Cabeço de Santa barbara. Certo dia, nasceu neste lugar uma menina muito linda, a
que os pais chamaram Eugénia. Esta quis dar o seu coração a Cristo, não se casando, contra a vontade do pai. Fugiu e quase
morreu, assassinada por ele. No momento em que a execução se consumava, apareceu-lhe Nossa Senhora, que a salvou da morte
eminente. A população, reconhecida, deu o nome de Santa Eugénia àquela terra. No foral atribuído a Alijó em 1226, por D.
Sancho II, Santa Eugénia é uma das freguesias integradas no seu termo. Neste foral, faziam parte do concelho de Alijó as seguintes
povoações:
Alijó, granja, Presandães, Chã, Valdemir; Santa Eugénia, Casas da Serra, Carlão, Franzilhal, Safres, Castedo e Cotas. Valdemir
e Santa Eugénia, passariam posteriormente para o concelho de Murça, pois nas Inquisições de D.Afonso III, em 1258, se averigou
«quod homines de Mussa filiavernt tantam heriditatem de Ligoo quod fecerunt ibi unam que vocatur Sancta Ougeja...». D. Afonso
III, ao confirmar, em 1269, com novo foral, o anterior passado no reinado de seu irmão, ainda inclui a aldeia de Santa Eugénia,
mas condicionalmente - «Do et concedo insuper vobis cum isa villa de Aligoo aldeyam de Prazenães et aldeyam de Sancta Ogenia
(...) si eas vincere per directum poteritis». A verdade é que no recenseamento de 1530, ordenado por D. João III, já Santa
Eugénia aparece no Concelho de Murça com oito (8) famílias. E só regressaria à posse de Alijó com a reforma administrativa
de 1853 que lhe deu a área actual .
Da paróquia de Murça emancipam-se eclesiasticamente Pópulo (com os lugares de Caldebois, Estrada e Vale de Cunho), Pegarinhos
( com Castorigo e Valdemir) e Santa Eugénia, de todas uma das mais antigas.
Civilmente foram integradas no Concelho de Alijó com a referida reforma administrativa de 1853 (?)
Por:
José Nogueira dos Reis
Freguesias do Concelho de Alijó
Mapa das Freguesias do Concelho de Alijó
Gabinetes de Apoio ao Munícipe - Digo, ao «Cidadão!!!
Sobre as Freguesias Aderentes
Freguesias aderentes são aquelas que, ao corresponderem a certos parâmetros exigidos pelo Projecto Trás-os-Montes Digital,
foram seleccionadas para aí serem instalados os primeiros Gabinetes de Apoio ao Cidadão (GAC) de cada Concelho.
Os GAC visam o desenvolvimento de um projecto, que envolve parcerias sólidas entre a UTAD/SCETAD e esta Autarquia, com a missão
de prestar serviço público à comunidade.
O projecto Trás-os-Montes Digital prevê a instalação, a médio prazo, destes GAC em todas as Freguesias do Concelho. Sobre
isto - GAC - tenho algo comenta noutro site e ou noutra página.
1- Historial : Santa Eugénia, situa-se a cerca de 15km. de uma das saídas da I.P.4-Pópulo.
Tem a área Aproximada de: 779 ha
As Freguesias limítrofes são: A Norte - Pegarinhos; A Sul - Carlão; A Este - Candedo(esta do concelho de
Murça); A Oeste - Casas da Serra (lugar da freguesia de Carlão)
Orago: Santa Eugénia
Topónimo: Eugénia, de origem grega, significa Bem Vinda, Bem Aparecida, de Boa Linhagem
Os Primeiros Povos remontam ao período Megalítico; Comprova-o o facto de nas redondezas existirem ainda
Pinturas Rupestres, Dolmens e Antas; aqui segundo se conta uma pintura Rupestre foi destruída aquando da busca de Volfrâmio
(contou-mo variadissímas vezes, Francisco Henrique, Francisco Henrique Novo e Artur Coelho dos Reis. Prova-o também o seu
culto de origem sueva.Da época Romana existe, em pleno estado de conservação, uma «Fonte de Mergulho», aqui denominada «Fonte
de Baixo».
É precisamente da acepção Latina, que esta «Laje do Concelho», herdou o nome. Era o local onde os «vizinhos»(antigo
nome dado aos habitantes bons), se reuniam em assembleia, quer para eleger os seus dignos representantes junto de entidades
hierarquicamente superiores(exemplo: Nos órgãos concelhios), quer para resolver problemas respeitantes a si próprios e/ou
à localidade. Servia também de «Tribunal Moral», isto é:
Ali eram publicamente denunciados os maus actos e seus praticantes. O malfeitor, ou se emendava, ou era
simplesmente arredado do mais simples convívio com os vizinhos.
Por sorte do destino, tinha esta «Laje do Concelho» uma outra função. Era precisamente o local de marcação
limite, da altitude máxima permitida pelo Marquês de Pombal, para autorização de «benefício».
Esta mesma «Laje do Concelho», situa-se precisamente no inicio da rua Marquês de Pombal. Coincidência
ou propósito desta estranha relação, entre a «Lage do Concelho»(um pouco abaixo dos 500 metros de altitude) e a rua «Marquês»
de Pombal (autor da marcação da mais antiga região demarcada), com toda a modéstia, não o sei. Acho apenas uma coincidência
demasiado coincidente.
Vou, para um melhor entendimento deste sítio, fazer uma retrospectiva histórica, de uma forma sucinta;
Pelouro – D.João I, por carta Régia de 13 de Junho de 1391, descreve as grandes tropelias que as
eleições para os concelhos provocavam “Grandes Sayoarias e rogos”, através das quais só se criavam grandes ódios
entre os «vizinhos».
Na dita carta Régia determinava-se o 1º recenseamento eleitoral que Portugal teve. Nele se mandava que
os oficiais do governo fizessem «róis».(...) o nome era escrito num papel separado e metido numa bola de cera, chamada pelouro
– daí o nome dos actuais pelouros das vareações – eram estes, por sua vez, metidos numas caixas a que hoje damos
o nome de urnas e então se chamavam «capelos».
Mas as queixas de fraudes eleitorais continuaram, pois, tem-se conhecimento de que esse problema foi
posto também nas cortes de Évora de 1451.Outras dificuldades atravessou o processo de eleição dos «edis», e não menor foi
a de em certos concelhos haver tantos indivíduos com privilégios religiosos ou dados pelo rei, que por eles se esquivavam
os cargos para que eram eleitos. Estou absolutamente convencido, de que estas fraudes e problemas, sempre se mantiveram, mas,
também, a necessidade dos «vizinhos» de beneficiar de um executivo local, que compreende os problemas da terra e dos homens
do respectivo concelho.
Então, os caciques, ontem como hoje, procuram eternizar-se no poder. Uma das formas mais antigas de o
fazer, era e é, amedrontar os mais necessitados. Para tal, é absolutamente necessário, exercer algum modo de pressão e/ou
controle. A fórmula aqui encontrada (e não só aqui), era dar-lhe uma aparência «séria», fazendo eleições para escolha «livre
?», pelo menos na aparência, mas de dedo no ar!!!. Porque assim, as pessoas de condição social inferior, com medo de represálias
futuras, elegiam quem os mais privilegiados queriam. Essas eleições, eram realizadas na LAJE DO CONCELHO
Falar de Santa Eugénia, é deixarmo-nos
envolver por um certo transe, deslizando a tinta ao sabor daquilo que nos ocorre no pensamento, é sentirmo-nos num espaço
tão ínfimo, mas tão grande, tão nobre, que todas as palavras que se possam utilizar, é apenas um pouco daquilo que sentimos
desta maravilhosa terra.
Freguesia com profundas raízes históricas, materializadas
no belíssimo património cultural e na memória colectiva das suas gentes.
São múltiplas as potencialidade turísticas: a beleza
natural das suas serras, as aprazíveis paisagens, o rio «Tinhela», a gastronomia e o património arqueológico, construído,
etnográfico e artístico, constituem a identidade natural e cultural desta belíssima aldeia.
Orgulhamo-nos pois de expor e tornar acessível a todos,
através desta nova forma de comunicar, os traços gerais que caracterizam esta terra «Transmontana». Quem nos visita pela primeira
vez, dificilmente escapa ao desejo de visitar novamente este lugar deslumbrante.
Foi Delegado de Saúde de Benguela, Homem de elevada filantropia, contribuiu para prolongar a vida de
muitos habitantes desta freguesia.
Manuel José Guerra Santos Melo
Professor Doutor Ernesto Morais
Grande investigador, director e professor catedrático no Hospital Escolar de São João - Porto.
Casou aqui em Santa Eugénia
Responsável por: Luz eléctrica; Água Pública; Casa do Povo; Reparação da Capela de Santa Barbara, Igreja
Matriz, Cemitério, Escolas. Para além da água ser explorada numa sua propriedade, ainda hoje, quando existe escassez de água,
a sua família põe uma torneira de água a correr para toda a povoação.
Deputado na Assembleia da República, em dois mandatos consecutivos. Grande defensor do «Douro» e principalmente
dos durienses. Conhecedor das dificuldades destas terras, nunca se escusou a esforços, quer na defesa da melhoria das condições
sócio-económicas, quer na defesa dos seus mais elementares direitos. Enquanto deputado na Assembleia da República, fez várias
visitas de trabalho à Casa do Douro, bateu-se galhardamente pela sua recuperação económica e pela recuperação da linha de
orientação da sua origem, que era a defesa intransigente dos lavradores do douro, seus associados. Foi sempre defensor de
uma forte representatividade dos pequenos e médios produtores do douro, nas instituições oficiais, e/ou representantes da
«região».Na continuidade desta orientação de defesa, que sua Exª, o senhor Doutor Martinho perfilhou, fez parte da Direcção
da Adega Cooperativa de Alijó.
Uma das suas paixões - ou não fosse ele uma figura de elevadíssima vontade de igualdade de oportunidades,
melhoria do factor social, acesso de todos à educação e à saúde - era o associativismo, como forma aglutinadora do reunir
das gentes, do reflectir, do ensinar, do aprender, do divertimento sadio, do desenvolvimento harmonioso da pessoa humana e
da maturidade democrática adquirida na mais pura convivência. Assim sendo, pode dizer-se sem receio de qualquer espécie de
inverdade, que a ele se deve, a sede do «Grupo Desportivo Cultural e Recreativo de Santa Eugénia. Obra que orgulha todos os
concidadãos desta terra, da qual ele foi co-fundador e Presidente vários anos . Foi socio fundador e Presidente
da Associação dos "Amigos do Museu do Douro.
É O ACTUAL GOVERNADOR CIVIL DO DISTRITO DE VILA REAL
Professor Manuel Adérito Figueira
Vice-Presidente e Vereador do Pelouro de Obras na Câmara Municipal de Alijó. Dotado de uma capacidade
de trabalho em prol do bem público, fora do comum, defensor da cultura popular, suas tradições e festas, respeitador dos seus
mitos e ritos, a ele se deve, entre muitas outras coisas, a continuidade da «NOSSA FESTA». Foi também Presidente da Assembleia
Geral do Grupo Desportivo.
Sem prejuízo das outras terras, tem contribuído enquanto Vareador do Pelouro das Obras da C.M. de Alijó,
para o desenvolvimento do património edificado e do bem estar dos habitantes desta freguesia. A ele se deve – em grande
parte – a continuidade da existência do Centro Social.
Homem de elevada filantropia, contribuiu fortemente para o desenvolvimento cultural das gentes
desta freguesia – desde os jovens, aos adultos – homem de um só caracter, de um só ser, fosse qual fosse a fase
da vida por que estivesse a passar. Foi fundador e Co – fundador de todas as associações culturais, de solidariedade,
associativas, desportivas e/ou recreativas. Refundou o teatro, deu educação a adultos, foi promotor cultural, fundador ( nesta
freguesia ) do partido socialista, tendo contudo, sempre presente o desenvolvimento, independência e afirmação destas gentes.
Homem de uma simplicidade fora do comum, aparecia e desaparecia, quase sem se dar por ele!!. Pessoa sempre pronta a compartilhar
o seu conhecimento, nunca se esquivou a dar uma boa e útil informação, a procurar ele próprio informar-se para informar. Fruto
do seu avanço, quer para a época, quer em relação aos seus conterrâneos, trilhou caminhos amargos, que só a ele prejudicaram,
mas, que lhe serviram de ensinamento para segurar a queda de outros. Julgo mesmo, que o seu maior inimigo, foi o seu avanço.
Para se saber um pouco mais de este«SENHOR», VISITEM-SE OS SEUS SITES:
Não posso deixar passar a oportunidade de aqui fazer referência
a uma família, composta por: dois irmãos, duas irmãs, sem esquecer aqueles que foram sua origem, ou seja seus pais.
São eles, José dos Santos Varela, sua esposa Dona Alice vilela e seus filhos.
José dos Santos Varela
É para mim uma figura única e ímpar. Nascido há quase um século, teve o amor e inteligência suficientes para mandar «Formar»
os seus quatro(4)filhos legítimos. Estes, por sua vez, prestaram a melhor vassalagem possível aos seus amados pais; como?
Sendo todos detentores de uma cultura e Q.I.muito acima da média, e, tão ou mais digno do que isso, sendo todos possuidores
de um espirito de solidariedade pouco comum, nos tempos que decorrem.
As filhas:
Dona Teresa Varela e Dona Ester Varela
Ambas professoras primárias, são inovadoras na forma de ensinar as crianças, deixando para trás tempos de outras «Donas».Foram
mesmo pioneiras de uma forma de ensinar(e eu fui seu aluno)justa, profissional e mesmo democrática. Parabéns. Pessoalmente,
sempre que os meus professores de ciclo ou liceu, me diziam: Bem aventurado o seu professor(a)da Escola primária, ou parabéns
ao professor(a)que teve na primária, eu respondia: Grato estou à minha professora de Admissão; Parabéns, dou, por tudo quanto
me ensinou e por nunca se esquivar ao trabalho de me preparar, quer para o ensino, quer para a vida, à Exmª Dona Ester Varela,
minha professora de Admissão, que julgo ter aprendido com ela em quatro meses, mais que muitos e eu próprio, com outros professores,
em quatro anos. Eu não tive a sorte de conhecer tão profundamente a irmã - Dona Teresa Varela - mas, cresci e nasci na mesma
aldeia que a viu nascer, fui seu vizinho e hóspede da sua SANTA sogra, e, julgo ter o conhecimento suficiente, ao conhecer
também seus filhos e marido, que a sua dignidade em nada é inferior à de sua irmã - Dona Ester Varela - e minha professora
de admissão. Em conversa com seu primo - Guilhermino Magalhães - sobre este tema, ele disse-me: Zé, há duas senhoras
que eu admiro imenso, uma é minha mãe, outra é a minha prima Teresa. Não posso deixar - embora não seja natural desta aldeia
- de referenciar o seu marido - senhor Manuel Martins - , como uma das pessoas mais rectas e dignas que até hoje conheci.
Obrigado por vir parar a esta Freguesia.
Conheci «Professores», que faziam «bons alunos», daqueles que já iam ensinados, aos outros, nem cartão lhe passavam. Agora
estas Senhoras com S grande, nunca se pouparam a esforços para ensinarem todos os alunos, de acordo com as necessidades de
aprendizagem de cada um.
Os filhos:
José Manuel Vilela Varela
Professor de Filosofia, é uma autêntica «enciclopédia», mas, quase permanentemente aberta e ao dispor do Povo. É vê-lo
irradiando a maior das felicidades, sempre que se apercebe que está a contribuir para o avanço destas gentes. Devemos afirmar,
antes que nos esqueçamos, que ele trava essa profilaxia há muitos e longos anos. Há sem duvida pessoas - embora raras
- que nascem não sei com que bichinho, que só lhes puxa para fazerem bem. Julgo poder até dizer, que isso é a sua maior felicidade.
Eu nunca me cansaria de o ouvir, cada conversa com ele equivale a muitas horas de estudos/experiências, com a vantagem de
não acontecerem erróneas interpretações ou deturpados conhecimentos que o nevoeiro da minha ignorância pode ocultar. Cada
«discussão» com ele, é uma viagem à terra do conhecimento, sem medo do «Pecado original».
Só estou bem comigo próprio quando me exprimo com uma única cara.
Ás vezes agrado
às pessoas, outras vezes não, mas a mim agrada-me ser eu mesmo.
Para além de simplesmente célebres.
"Grandes Referências
da minha vida - Externa à minha Família tradicional (Pai, Mãe e Filhos)"
Já Falecidos:
Era o «Tio Artur»
- meu avô Paterno - chamavam-lhe assim (seu nome, era: Artur Coelho dos Reis; Era o «Zé do Carvalhal» - meu avô Materno
e meu Padrinho - chamavam-lhe assim (seu nome, era: José Augusto Nogueira); Era o Senhor «Francisco da Prudência» - chamavam-lhe
assim(seu nome, era:Francisco Henrique Novo); Era o Senhor «Santos Melo» - Chamava-se Manuel José Guerra Santos Melo
- , avô Materno de meus filhos. Única Família com capela particular. A ele se referia a célebre expressão popular, "Eu é que
mando, quem paga é o Senhor Santos"; Era o Senhor Hilário - Seu nome, era: Hilário Areias - , a ele se atribui a célebre expressão
popular, "Quem não sabe cala-se"; Era o Senhor Cunha - seu nome, Manuel de Almeida Cunha - , Enfermeiro-médico de toda a população
de Santa Eugénia - , a ele se atribui a hiperbole, "Encontrei mais de cem (100) bagos de azeitona no papo de uma (1) perdiz;
Era o «Zé L'ipio» - chamavam-lhe assim (seu nome, era: José Alipio da Cunha Cardoso); Era o Senhor
«Manuel Lousada» - chamavam-lhe assim (seu nome, era: Manuel João Varela) - .
Felizmente ainda vivos
O Filho do Tabelas - Já não lhe
chamam tanto assim (Doutor António Alves Martinho) - sua marca pessoal extravasa já para fora desta Freguesia, deste Concelho
e desta Distrito; O Zé Man'el - Chamam-lhe assim - José Manuel Vilela Varela, Professor de Filosofia - , uma autêntica enciclopédia
à disposição do povo; O Man'elzinho - Chamam-lhe assim (Seu nome, Manuel Augusto Henrique Magalhães) - Gerente da Companhia
de Seguros Zurique, em Vila Real - ; A Menina Ester - chamam-lhe assim. Seu nome: Dona Maria Ester Varela - minha professora
de Admissão.
"Não quero deixar passar a oportunidade
de aqui referir que mesmo os primeiros continuam a viver, porque recordados."
Todos, mas mesmo todos (a) estes meus
amigos, admiro pela sua coragem, honestidade, lealdade, inteligência e filantropia. São uma marca gravada em mim por dentro,
uma contínua e permanente referência na minha vida, um exemplo.
Pessoas com quem convivi - menos do
que sempre desejei - , que tive a Fortuna de conhecer, com quem aprendi - sempre mais do que previ - , desde a Étic à Moral,
desde A Psicologia à História, passando pela Filosofia, desde a Matemática à Geografia, passando pela Língua de Camões, desde
a Teoria à Prática, passando por contextos reais de vida.
De quase todos, recordo sorrisos, sorrisos
lindos, francos e transparentes, que não raras vezes poisavam os olhos nas minhaas inquietaçoes e me diziam: ´´Ó Zé, por vezes
és tão ingénuo.
Recordo nos primeiros, a coragem dos
tempos difíceis - duas guerras mundiais, duas civis, uma colonial - , fome, guerras, e treabalho de escravatura; E também
nos tempos aparentemente mais fáceis, também recordo nalguns deles, as horas, os dias, as semanas, meses... anos de resistência,
tortura, etc.
Recordo - em quase todos - , a capacidade
de dizer não, de se opor, de dizer abertamente, não concordo e explicar porquê, de incomodar. A capacidade de reconhecer que,
enquanto seres vivos, não podim deixar de reflectir, de aprender, de conjugar a vida com a incomodidade de serem incomodos,
de serem diferentes e audazes.
Recordo em todos eles a simplicidade
de defenderem a verdade em que acreditavam e acreditam, sem pensarem em elogios e ou recompensas.
Particularmente a si Doutor Martinho,
a ti Zé Manuel e a ti Magalhães, havemos de almoçar juntos - um dia destes - e voltar a conversar.
E, mesmo daqui de longe, queridos amigos,
sereis recordados.
Ouvirei os ecos das vossas vozes, o
vosso exemplo de cidadania, de elevado profissionalismo - bem raro nos dias que correm - e de pura amizade.
Até lá, com a graça da inteligência,
um grande abraço.
No reinado de D.Sancho II., Santa Eugénia, fazia parte do concelho de Alijó.
Em 1258, nas Inquisições de D.Afonso III, Aparece no concelho de Murça.
Em 1269, D.Afonso III, ao confirmar o foral de seu irmão, dado a Alijó, ainda inclui de forma condicional,
Santa Eugénia no concelho de Alijó.
A verdade é que no recenseamento de 1530, (reinado de D.João III), Aparece no concelho de Murça. Só regressou
a Alijó com a reforma administrativa de 1853.
Em 1801, segundo consulta efectuada na Biblioteca Municipal de Vila-Real, já existiam 618 habitantes em
118 edifícios, dos quais, 265 eram do sexo feminino.
Em 1849, existiam 417 habitantes em 140 fogos(edifícios, melhor, famílias).
O Sector Primário, é o mais importante. Produção de vinho do porto, moscatel, consumo, vinho Espumoso e Azeite. Tem
aprox. uma área de 600ha com autorização de beneficio; a industria de transformação de azeitona, também tem significado. A
«Sociedade Agrícola Quinta de Santa Eugénia», empresa agrícola, dedicada à produção, transformação e comercio, é a maior produtora
de riqueza, oferta de mão de obra e desenvolvimento técnico. Pela sua capacidade de inovação, predisposição para a ciência,
sucesso e novas práticas adaptadas ao tradicional, é um caso a ter em conta, um exemplo a seguir, e, julgo que deveria ser
divulgada e apoiada pelas instituições com responsabilidades governamentais, apresentando-a como «modelo» de práticas a seguir;
Estou convencido de que é com medidas assim, mostrando e aconselhando o que há de bom, que esta região se desenvolve. A «Casa
Agrícola», está sediada no Largo da Fonte, com o telf.: 259646174.
Casais agrícolas de maior dimensão, e, consequentemente, de maior utilização de mão de obra: Casal «Santos
Melo», casal «Malheiro», «Casa agrícola», «Reconco», «Herdeiros de Dr.Ernesto Morais ou Dona Maria da Hora Teixeira de Carvalho».
O turismo, só está a dar os primeiros passos na região duriense. É uma certeza o seu sucesso futuro. Este «atraso», teve
inconvenientes e benefícios. Os inconvenientes reflectem-se ao nível da consequente menor riqueza adquirida,
duma menor rede de infra-estruturas hoteleiras, viárias, de comunicação, etc.
Os benefícios, reflectem-se na «virgindade» das suas terras, paisagens, costumes, etc. Pode hoje investir-se
no turismo de uma forma mais consciente, sem, como aconteceu em tantos sítios, destruir tudo à sua volta, desde o ambiente
ao ar, desde as paisagens à água.
Contudo, aqui em StªEugénia, o turismo, especialmente o Turismo Rural, é já uma realidade.
A cargo da Associação Social Cultural e Recreativa, com sede na rua da Veiga, n.º10 e com o telefone
:259645261. Presta apoio domiciliário à terceira idade.
As crianças da Pre-primária, também almoçam lá e lá permanecem após saírem da escola Pre-primária, que
acontece depois das 16.00horas.
Café Areias - Largo do Cruzeiro, n.º20 e com o telefone: 259645035; Café Grande Ponto - Logo na entrada
da aldeia, na Rua Principal e com o telefone: 259646214; Turismo Rural Reconco - telefone 259645311. O admirador e apreciador
do que de melhor tem este lugar paradisíaco, que pretender pernoitar em StªEugénia, apreciar devidamente os seus manjares,
saborear as suas delicias, confraternizar nas suas festas, deixar-se envolver pelos seus famosos «néctares», conhecer por
dentro as suas lendas, mitos e tradições, sentir na alma a força dos seus costumes, pode fazê-lo na própria aldeia, onde o
espera um atendimento simples mas personalizado, podendo usufruir das suas instalações, que comportam uma suite, cinco
quartos, uma sala de refeições, uma sala de estar, uma sala de bilhar, uma piscina, um court de ténis, aquecimento central
e televisão em todos os quartos. Neste local, podem ser apreciados todos os pratos típicos e regionais, degustados os petiscos
destas paragens, saboreados os seus bolos, toda a sua rica doçaria, a enorme variedade do seu «fumeiro». Tudo isto pode ser
acompanhado dos melhores vinhos, vendo directamente quer as vinhas que os produzem, quer o efectuar dos granjeios, quer, se
for época disso, a sua laboração.
Nos cafés referidos anteriormente, pode também apreciar toda a espécie de bebidas, divertir-se com os
tradicionais jogos transmontanos - durienses, no mais fraterno sadio e alegre convívio.
Outrora, fruto de uma
intensa actividade, com enorme orgulho e palmarés, encontra-se hoje, porém, sem qualquer actividade, e, diria mesmo votado
ao abandono . Apesar de no corrente ano e já de algum tempo a esta parte, não haver prática de nenhum desporto em Santa Eugénia,
já existiram no passado algumas modalidades nesta Freguesia, a saber: Futebol de onze – com o Grupo Desportivo, Cultural
e Recreativo a figurar durante algum tempo na tabela da 2ª Divisão Regional – Zona Norte. Futebol de 5 – com organização
de vários torneios maioritariamente para os jovens e durante o verão, com várias participações de algumas equipas em competições
organizadas em Alijó, no Pavilhão Gimnodesportivo, e, por último Atletismo onde chegaram a existir na Freguesia vários atletas
que, apesar de não pertencerem ou estarem filiados em clube algum, tiveram várias participações em algumas provas Distritais
e Regionais, sem no entanto obterem grandes resultados.
Assim, não havendo nos dias de hoje, nenhum desporto
na Freguesia, existem no entanto os equipamentos que podem possibilitar a prática de alguns. Esses equipamentos são. UM(1)
campo de futebol pelado mas com os respectivos balneários; um(1) polidesportivo a céu aberto que foi cedido ao Grupo Desportivo
pela Junta de Freguesia; por fim, a sede desta mesma colectividade – G.D.C.R.- que apesar de não estar equipada convenientemente
para actividades desportivas, pode por ser bastante ampla aprox.(15*8m) possibilitar a prática de vários desportos,
para além de já possuir mesas de Ténis de mesa e Bilhares; tem também palco e bar. O recinto que a envolve, para além de ser
muito amplo, comporta um Polivalente.
Quero acrescentar, que o desporto, principalmente o futebol,
era um factor de enorme orgulho destas gentes. É vê-los, com um exuberante brilho nos olhos, quanto relatam feitos e resultados
de outrora.
Com que alegria nos narram, que foram Campeões sem derrotas
do I.N.A .T.E.L. distrital. Julgo que o futebol, é um factor de fixação dos nativos desta aldeia, e, não entendo como foi
possível o seu enterro (não consigo apelida-lo de outro nome).
Eu, José Nogueira dos Reis, fui Co
- fundador do «Centro Cultural e Recreativo» e co-fundador do actual «Grupo Desportivo Cultural e Recreativo»,Director desportivo
atleta, sou natural e residente, sei o sentir e o sofrer desta gente, pelo «enterro»(não posso apelidá-lo de outra
coisa), do seu(deles e meu)querido e distrainte futebol. Pouco têm, os residentes desta aldeia, que lhe permita passar com
o mínimo de alegria, os feriados e Domingos. Se não forem à «bola», só se forem emborrachar-se!!!
Não lhe destruam o pouco que têm, e, não abalem o seu orgulho.
Por favor, dêem-lhe mais, não lhe extorquem o escasso que possuem. Contribuam para que eles se fixem no local onde nasceram,
não provoquem a sua «Emigração», principalmente, se esta se escrever com E !!!
Nunca se esqueçam que cada emigrante é uma luz que se apaga
na iluminação criadora de riqueza do seu país.
Nas imediações da sede do Grupo Desportivo, situa-se a
Extensão de Saúde de Santa Eugénia, com o telefone: 259646188.
Recreio
É bastante intenso, quer praticado neste próprio local, quer procurado noutras paragens; esta gente
trabalhadora, é também votada ao divertimento e ao «bom viver». As pessoas procuram lugares, tais como: "O «nosso» rio
Tinhela"; As Caldas de Carlão"; "A praia fluvial de Murça"; "Esta praia fluvial do Pinhão" e principalmente a "Piscina Municipal
de Alijó".
Lazer
Sendo as férias uma preciosidade rara, só ao alcance de uns poucos, não obstante o seu merecimento,
é aos «Fins-de semana», que se torna mais acentuado, procurando essencialmente piscinas e rios, essencialmente no período
de verão. A caça ocupa-lhe uma boa parte do tempo de lazer.
A Junta de Freguesia, Promove a tradição da "Matança do Porco", melhor, «A Matança do Reco"; Festas populares;
"Cantar as Janeiras"; "O Carnaval", etc.
A Igreja, promove "A Tradição da visita Pascal"; "Procissões", etc.
A comissão de Festas, promove os festejos do penúltimo Domingo de Agosto, em honra de "Santa barbara" e dia
11 de Setembro, em honra "A Santa Eugénia". Como se vê, é ainda muito presente, a tradição nesta aldeia.
Provérbios, cantares, cultos, lendas, etc. com tradição em todo o «Douro» e «Trás-os-Montes», têm também
aqui forte tradição e significado.
Escrito Em Castelhano porque foi no Bairro
de Madrid(Santa Eugenia) que soube a origem do topónimo. É uma homenagem!! EUGENIA
EugeneioV, eugeneia (eugéneios, eugéneia) es un adjetivo griego del que derivan
los nombres de Eugenio y Eugenia, y significa bien nacido, bien nacida, de buen linaje, de buena índole, noble. Fue en griego
y sigue siendo en sus traducciones, uno de los mejores elogios que se suelen hacer de una persona. Con él se expresan las
cualidades innatas, las que forman parte de la naturaleza de cada uno, aquellas con las que ha nacido. El prefijo eu (eu)
significa "bien", y geneioV (géneios) geneia (géneia) significa "engendrado, engendrada"; con lo que el significado primitivo
de este nombre es "bien engendrada". Se utilizó mucho, no sólo en el griego clásico, sino también en la coiné como sobrenombre
elogioso, designando especialmente la nobleza de espíritu, y de ahí pasó a convertirse en nombre propio cuya fuerza y belleza
seduce a cuantos conocen su significado.
Santa Eugenia mártir de los primeros tiempos de la Iglesia. Su culto estuvo
muy extendido desde los primeros siglos. La patrística cita el dístico que desde el siglo IV figuraba en la iglesia de san
Avito: Eugeniae dudum toto celebérrima mundo / fama fuit, dum dat Christi pro nómine vita. (La fama de Eugenia fue célebre
en todo el mundo porque dio la vida por el nombre de Cristo.) Con ser tan grande su celebridad, son escasos los datos biográficos
que de ella se conservan. Cuenta la tradición que era Eugenia hija de Felipe, el prefecto de Alejandría que luego fue obispo
de esta ciudad y sufrió el martirio. Cuenta asimismo que los santos Proto y Jacinto, que también sufrieron martirio, eran
esclavos suyos. Fue ella misma quien les transmitió la fe en Cristo. También ella sufrió persecución y fue sometida a suplicio
y muerte detrás de sus esclavos.
Las Eugenias celebran su onomástica el 11 de septiembre; pueden optar también
por celebrarla el 3 de enero, en que se conmemora el martirio de santa Eugenia de África; o el 26 de marzo, conmemoración
del martirio de santa Eugenia de Córdoba (Marmolejo), víctima de la persecución sarracena el año 923. En cuanto a la forma
masculina de este nombre, ha sido también sumamente apreciada: dieciocho santos, entre ellos cuatro papas, lo llevaron. Se
llamaron también Eugenio un emperador romano, siete reyes de Escocia y varios príncipes de casas europeas. Pero nadie como
la emperatriz Eugenia dio lustre a este nombre. Nació en Granada (1826) y murió en Madrid en 1920. Vivió casi un siglo. Fue
emperatriz de los franceses. Su apoyo al proyecto del canal de Suez fue decisivo.
Es el de Eugenia un nombre lleno de fuerza, que emana de su propio significado.
Los nombres, como creían nuestros antepasados, tienen cada uno su propia virtud, y actúan como un talismán. El de Eugenia
sabemos en qué dirección actúa: empuja a quienes lo llevan a ser coherentes con su nombre y a cultivar la nobleza de espíritu,
la magnanimidad, la confianza en las propias fuerzas y toda la virtud que emana del mismo nombre; fuerza y virtud que han
ido incrementando cada una de las grandes mujeres que lo han llevado. Por ello las Eugenias pueden legítimamente sentirse
orgullosas de su nombre y llevarlo como salvaguarda de la nobleza de espíritu que con él pregonan. ¡Felicidades!
Diz-se , que «Santa Barbara», Padroeira desta freguesia, costumava ser, injusta, brutalmente, e,
mesmo «brutamente», castigada por seu pai; de tal forma que uma certa vez, ele se dirigiu para a filha, com o
determinado propósito de a partir ao meio com um «machado». Deus, acudindo em defesa de StªBarbara, no momento preciso em
que o pai de «Barbara», ia a desferir o mortal golpe, enviou um raio de trovão.«Barbara, apercebendo-se do acontecido, pediu
a Deus que lhe perdoasse. Então, o raio, apenas desfez o machado em mil pedaços, poupando o «carrasco».A partir daí, «Barbara»,
passou a santa, e, foi-lhe facultado o poder sobre as trovoadas. Devido a tal facto, as gentes deste local, entregaram o seu
coração a «Eugénia», dando-lhe o nome da sua morada; a sua protecção, a «Barbara», que segundo eles, ainda hoje os vigia e
protege do alto do monte com o seu nome (Cabeço de Santa Barbara).
Outrora muito diversificado, hoje praticamente inexistente.
Brinquedos Tradicionais:
«A carroça».
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