MAIS QUE AMIGOS
GRANDES REFÊNCIAS
Só estou bem comigo próprio quando me exprimo com uma única cara.
Às vezes agrado às pessoas, outras vezes não, mas a Mim agrada-me ser eu mesmo.
Para além de simplesmente célebres.
"Grandes Referências da minha vida - Externa à minha Família
tradicional (Pai, Mãe e Filhos)"
Já Falecidos:
Era o «Tio Artur» - meu avô Paterno - chamavam-lhe assim (seu
nome, era: Artur Coelho dos Reis; Era o «Zé do Carvalhal» -
meu
avô Materno e meu Padrinho - chamavam-lhe assim (seu nome, era:
José Augusto Nogueira); Era o Senhor «Francisco da Prudência»
-
chamavam-lhe assim (seu nome, era: Francisco Henrique Novo);
Era
o Senhor «Santos Melo» - Chamava-se Manuel José Guerra Santos
Melo - , avô Materno de meus filhos. Única Família com capela
particular. A ele se referia a célebre expressão popular, "Eu
é que
mando, quem paga é o Senhor Santos"; Era o Senhor Hilário -
Seu
nome, era: Hilário Areias - , a ele se atribui a célebre expressão
popular, "Quem não sabe cala-se"; Era o Senhor Cunha - seu nome,
Manuel de Almeida Cunha - , Enfermeiro-médico de toda a
população de Santa Eugénia - , a ele se atribui a hipérbole,
"Encontrei mais de cem (100) bagos de azeitona no papo de uma
(1)
perdiz; Era o «Zé L'ipio» - chamavam-lhe assim (seu nome, era:
José Alipio da Cunha Cardoso); Era o Senhor «Manuel Lousada»
-
chamavam-lhe assim (seu nome, era: Manuel João Varela) - , a
Dona Rosinha –
uma Santa - , dona da pensão particular onde me hospedei quando estudei em Vila Real.
Felizmente ainda vivos
O Filho do Tabelas - Já não lhe chamam tanto assim (Doutor António
Alves Martinho)
- sua marca pessoal extravasa já para fora desta
Freguesia, deste Concelho e desta Distrito; O Zé Man'el –
Chamam-lhe
assim - José Manuel Vilela Varela, Professor de Filosofia -
, uma
autêntica enciclopédia à disposição do povo; O Man'elzinho -
Chamam-lhe assim (Seu nome, Manuel Augusto Henrique
Magalhães) - Gerente da Companhia de Seguros Zurich, em Vila
Real - ; A Menina Ester - chamam-lhe assim. Seu nome: Dona Maria
Ester Varela - minha professora de Admissão. É o «Gaspar» (meu
primo carnal) - chamam-lhe assim - , obteve o primeiro curso
(contabilidade) no Instituto Superior de Contabilidade e formou-se
agora em Direito Fiscal. É funcionário da Administração de
Finanças-Porto;
o Senhor Martins – filho da Dona Rosinha e ex-gerente
da companhia de seguros Zurich em Vila Real.
"Não quero deixar passar a oportunidade de aqui referir que
mesmo
os primeiros continuam a viver, porque recordados."
Todos, mas mesmo todos (a) estes meus amigos, admiro pela sua
coragem, honestidade, lealdade, inteligência e filantropia.
São uma
marca gravada em mim por dentro, uma contínua e permanente
referência na minha vida, um exemplo.
Pessoas com quem convivi - menos do que sempre desejei - , que
tive
a Fortuna de conhecer, com quem aprendi - sempre mais do que
previ - , desde a Ética à Moral, desde A Psicologia à História,
passando pela Filosofia, desde a Matemática à Geografia, passando
pela Língua de Camões, desde a Teoria à Prática, passando por
contextos reais de vida.
De quase todos, recordo sorrisos, sorrisos lindos, francos e
transparentes, que não raras vezes poisavam os olhos nas minhas
inquietações e me diziam: ´´Ó Zé, por vezes és tão ingénuo.
Recordo nos primeiros, a coragem dos tempos difíceis - duas
guerras
mundiais, duas civis, uma colonial - , fome, guerras, e trabalho
de
escravatura; E também nos tempos aparentemente mais fáceis,
também recordo nalguns deles, as horas, os dias, as semanas,
meses...
anos de resistência, tortura, etc.
Recordo - em quase todos - , a capacidade de dizer não, de se
opor, de
dizer abertamente, não concordo e explicar porquê, de incomodar.
A
capacidade de reconhecer que, enquanto seres vivos, não podiam
deixar de reflectir, de aprender, de conjugar a vida com a
Incomodidade de serem incómodos, de serem diferentes e audazes.
Recordo em todos eles a simplicidade de defenderem a verdade
em
que acreditavam e acreditam, sem pensarem em elogios e ou Recompensas.
Particularmente a si Doutor Martinho, a ti Primo António, a
ti Zé
Manuel e a ti Magalhães, havemos de almoçar juntos - um dia
destes - e voltar a
conversar.
E, mesmo daqui de longe, queridos amigos, sereis recordados.
Ouvirei os ecos das vossas vozes, o vosso exemplo de cidadania,
de
Elevado profissionalismo - bem raro nos dias que correm - e
de pura Amizade.
Até lá, com a graça da inteligência, um grande abraço.
JOSÉ NOGUEIRA DOS REIS