Falar de Santa Eugénia, é deixarmo-nos
envolver por um certo transe, deslizando a tinta ao sabor daquilo que nos ocorre no pensamento, é sentirmo-nos num espaço
tão ínfimo, mas tão grande, tão nobre, que todas as palavras que se possam utilizar, é apenas um pouco daquilo que sentimos
desta maravilhosa terra.
Freguesia com profundas raízes históricas,
materializadas no belíssimo património cultural e na memória colectiva das suas gentes.
São múltiplas as potencialidade
turísticas: a beleza natural das suas serras, as aprazíveis paisagens, o rio «Tinhela», a gastronomia e o património arqueológico,
construído, etnográfico e artístico, constituem a identidade natural e cultural desta belíssima aldeia.
Orgulhamo-nos pois de expor e tornar
acessível a todos, através desta nova forma de comunicar, os traços gerais que caracterizam esta terra «Transmontana». Quem
nos visita pela primeira vez, dificilmente escapa ao desejo de visitar novamente este lugar deslumbrante.
Autor
José Nogueira dos Reis
Tempos longínquos
Foi por volta do século III a.C. que
o fenómeno da romanização se fez sentir no ocidente peninsular, atraídos pelas riquezas naturais. O actual território
nacional foi ocupado depois de sangrentas lutas travadas com os povos indígenas (tribos celtas pertencentes à grande
família dos lusitanos).
A permanência romana
não foi inócua nem desguarnecida de sentido de oportunidade. Assim, por questões militares (defesa) e económicas, organizavam
política e administrativamente todo o espaço físico conquistado e sob o seu domínio, por forma a haver um melhor controlo
do território ocupado. Contudo a consolidação das políticas colonizadoras passavam também pela estratégia de criação de infra-estruturas
que assegurassem toda a operacionalidade de circulação de mercadorias, pessoas, exércitos, ideias, etc..
A sua presença deixou, embora
de modo desigual, marcas materiais bem visíveis em todo o país . É neste campo que a freguesia de Santa Eugénia mostra vestígios
de uma ocupação peculiar .
Autor :
José Nogueira dos Reis
.Património Arqueológico
Santa Eugénia, conserva um vasto conjunto de monumentos
e sítios arqueológicos autênticos
que preservam e perpetuam a memória ancestral de
outras ocupações humanas com estádios
de desenvolvimento cultural, social, económico e religiosos
muito próprios dessas civilização
em épocas distintas, em que o legado cultural por elas
deixado, que o tempo e a modernidade
não conseguiu apagar, faz a história da freguesia
nos tempos mais longínquos, desde a Pré-história
à Idade Média.
.A Origem da Povoação
A ocupação humana do território onde hoje é o lugar de Santa Eugénia, remonta aos tempos da mais
longínqua pré-história, conforme o mostram inúmeros achados arqueológicos nas redondezas, que nos dão o testemunho de
indústrias líticas (paleolíticas e neolíticas) implantadas na região.
Um dos centros arqueológicos da Freguesia, onde existem : uma fonte Romana,«Fonte de Mergulho»,
a «Laje do Concelho», a «Igreja matriz», um «Cruzeiro», um «Chafariz» e
«Casas Brasonadas», é o centro da aldeia.
Achados Arqueológicos
Várias são as moedas romanas achadas em diversos locais das redondezas pertencentes actualmente ao
concelho Alijó, encontraram-se algumas com legendas tais como "NERVS CLAVDIVS AVGVSTVS" ou ainda "VESPASIANVS AVGVSTVS", ambas
referências a nomes de imperadores romanos do séc. I.
Outro centro arqueológico são as Grutas Rupestres, na freguesia de Carlão, limítrofe de Santa Eugénia.
Aqui segundo se conta uma pintura Rupestre foi destruída aquando da busca de Volfrâmio (contou-mo
variadíssimas vezes, Francisco Henrique, Francisco Henrique Novo e Artur Coelho dos Reis. Prova-o também o seu culto de origem
sueva. Da época Romana existe, em pleno estado de conservação, uma «Fonte de Mergulho», aqui denominada «Fonte de Baixo».
Santa Eugénia, situa-se a cerca de 15km. de uma das saídas da I.P.4-Pópulo.
Tem a área Aproximada de: 779 ha (7.79km2)
As Freguesias limítrofes são: A Norte - Pegarinhos; A Sul - Carlão; A Este -
Candedo (esta do concelho de Murça); A Oeste - Casas da Serra (lugar da freguesia de Carlão)
Do total da Área referida, aproximadamente 480 ha, são de monocultura intensiva, a saber:
Vinha, cuja produção se destina ao fabrico de "Vinho do Porto" e, o não beneficiado a "Vinho de Mesa".
Estão também preenchidos com olival tradicional, aproximadamente 100 ha.
Orago: Santa Eugénia
Topónimo: Eugénia, de origem grega, significa Bem Vinda, Bem Aparecida, de Boa
Linhagem.
É precisamente da acepção Latina,
que esta «Laje do Concelho», herdou o nome. Era o local onde os «vizinhos» (antigo nome dado aos habitantes bons), se reuniam
em assembleia, quer para eleger os seus dignos representantes junto de entidades hierarquicamente superiores (exemplo: Nos
órgãos concelhios), quer para resolver problemas respeitantes a si próprios e/ou à localidade. Servia também de «Tribunal
Moral», isto é:
Ali eram publicamente denunciados
os maus actos e seus praticantes. O malfeitor, ou se emendava, ou era simplesmente arredado do mais simples convívio com os
vizinhos.
Por sorte do destino, tinha esta
«LAjE do Concelho» uma outra função. Era precisamente o local de marcação limite, da altitude máxima permitida pelo Marquês
de Pombal, para autorização de «benefício».
Esta mesma «Laje do Concelho»,
situa-se precisamente num dos extremos - início - da rua Marquês de Pombal. Coincidência ou propósito desta estranha
relação, entre a «LAjE do Concelho»(um pouco abaixo dos 500 metros de altitude) e a rua «Marquês» de Pombal (autor da marcação
da mais antiga região demarcada), com toda a modéstia, não o sei. Acho apenas uma coincidência demasiado coincidente.
Vou, para um melhor entendimento
deste sítio, fazer uma retrospectiva histórica, de uma forma sucinta;
Pelouro – D.João I, por
carta Régia de 13 de Junho de 1391, descreve as grandes tropelias que as eleições para os concelhos provocavam “Grandes
Sayoarias e rogos”, através das quais só se criavam grandes ódios entre os «vizinhos».
Na dita carta Régia determinava-se
o 1º recenseamento eleitoral que Portugal teve. Nele se mandava que os oficiais do governo fizessem «róis». (...) o nome era
escrito num papel separado e metido numa bola de cera, chamada pelouro – daí o nome dos actuais pelouros das vereações
– eram estes, por sua vez, metidos numas caixas a que hoje damos o nome de urnas e então se chamavam «capelos».
Mas as queixas de fraudes eleitorais
continuaram, pois, tem-se conhecimento de que esse problema foi posto também nas cortes de Évora de 1451.Outras dificuldades
atravessou o processo de eleição dos «edis», e não menor foi a de em certos concelhos haver tantos indivíduos com privilégios
religiosos ou dados pelo rei, que por eles se esquivavam os cargos para que eram eleitos. Estou absolutamente convencido,
de que estas fraudes e problemas, sempre se mantiveram, mas, também, a necessidade dos «vizinhos» de beneficiar de um executivo
local, que compreende os problemas da terra e dos homens do respectivo concelho.
Então, os caciques, ontem como
hoje, procuram eternizar-se no poder. Uma das formas mais antigas de o fazer, era e é, amedrontar os mais necessitados. Para
tal, é absolutamente necessário, exercer algum modo de pressão e/ou controle. A fórmula aqui encontrada (e não só aqui), era
dar-lhe uma aparência «séria», fazendo eleições para escolha «livre?», pelo menos na aparência, mas de dedo no ar!!!. Porque
assim, as pessoas de condição social inferior, com medo de represálias futuras, elegiam quem os mais privilegiados
queriam. Essas eleições, eram realizadas na LAJE DO CONCELHO.
Responsável por: Luz eléctrica;
Água Pública; Casa do Povo; Reparação da Capela de Santa Barbara, Igreja Matriz, Cemitério, Escolas. Para além da água ser
explorada numa sua propriedade, ainda hoje, quando existe escassez de água, a sua família põe uma torneira de água a correr
para toda a povoação.
Pós 25/4/1974:
Doutor António Alves Martinho
Deputado na Assembleia da República,
em dois mandatos consecutivos. Grande defensor do «Douro» e principalmente dos durienses. Conhecedor das dificuldades destas
terras, nunca se escusou a esforços, quer na defesa da melhoria das condições sócio-económicas, quer na defesa dos seus mais
elementares direitos. Enquanto deputado na Assembleia da República, fez várias visitas de trabalho à Casa do Douro, bateu-se
galhardamente pela sua recuperação económica e pela recuperação da linha de orientação da sua origem, que era a defesa intransigente
dos lavradores do douro, seus associados. Foi sempre defensor de uma forte representatividade dos pequenos e médios produtores
do douro, nas instituições oficiais, e/ou representantes da «região».Na continuidade desta orientação de defesa, que sua Exª,
o senhor Doutor Martinho perfilhou, fez parte da Direcção da Adega Cooperativa de Alijó.
Uma das suas paixões - ou não
fosse ele uma figura de elevadíssima vontade de igualdade de oportunidades, melhoria do factor social, acesso de todos à educação
e à saúde - era o associativismo, como forma aglutinadora do reunir das gentes, do reflectir, do ensinar, do aprender, do
divertimento sadio, do desenvolvimento harmonioso da pessoa humana e da maturidade democrática adquirida na mais pura convivência.
Assim sendo, pode dizer-se sem receio de qualquer espécie de inverdade, que a ele se deve, a sede do «Grupo Desportivo Cultural
e Recreativo de Santa Eugénia. Obra que orgulha todos os concidadãos desta terra, da qual ele foi co-fundador e Presidente
vários anos . Foi Presidente e sócio-fundador da
Associação dos Amigos do Museu do Douro e é o actual Governador Civil do Distrito de Vila Real.
Professor Manuel Adérito
Figueira
Vice-Presidente e Vereador
do Pelouro de Obras na Câmara Municipal de Alijó. Dotado de uma capacidade de trabalho em prol do bem público, fora do comum,
defensor da cultura popular, suas tradições e festas, respeitador dos seus mitos e ritos, a ele se deve, entre muitas outras
coisas, a continuidade da «NOSSA FESTA». Foi também Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo.
Sem prejuízo das outras terras,
tem contribuído enquanto Vereador do Pelouro das Obras da C.M. de Alijó, para o desenvolvimento do património edificado e
do bem estar dos habitantes desta freguesia. A ele se deve – em grande parte – a continuidade da existência do
Centro Social.
O
AUTOR DESTE SITE
José Nogueira dos Reis
Homem de elevada filantropia,
contribuiu fortemente para o desenvolvimento cultural das gentes desta freguesia – desde os jovens, aos adultos –
homem de um só carácter, de um só ser, fosse qual fosse a fase da vida por que estivesse a passar. Foi fundador e Co –
fundador de todas as associações culturais, de solidariedade, associativas, desportivas e/ou recreativas. Refundou o teatro,
deu educação a adultos, foi promotor cultural, fundador ( nesta freguesia ) do partido socialista, tendo contudo, sempre presente
o desenvolvimento, independência e afirmação destas gentes. Homem de uma simplicidade fora do comum, aparecia e desaparecia,
quase sem se dar por ele!!. Pessoa sempre pronta a compartilhar o seu conhecimento, nunca se esquivou a dar uma boa e útil
informação, a procurar ele próprio informar-se para informar. Fruto do seu avanço, quer para a época, quer em relação aos
seus conterrâneos, trilhou caminhos amargos, que só a ele prejudicaram, mas, que lhe serviram de ensinamento para segurar
a queda de outros. Julgo mesmo, que o seu maior inimigo, foi o seu avanço. Para se saber um pouco mais de este «SENHOR», VISITEM-SE
OS SEUS SITES:
São para mim uma figuras únicas e ímpares. Nascidos há quase
um século, tiveram o amor e inteligência suficientes para mandar Formar os seus quatro(4)filhos legítimos. Estes, por sua
vez, prestaram a melhor vassalagem possível aos seus amados pais; como? Sendo todos detentores de uma cultura e Q.I. muito
acima da média, e, tão ou mais digno do que isso, sendo todos possuidores de um espírito de solidariedade pouco comum, nos
tempos que decorrem.
Dona Teresa Varela e Dona Ester Varela
Ambas professoras primárias, são inovadoras na forma de ensinar
as crianças, deixando para trás tempos de outras «Donas».Foram mesmo pioneiras de uma forma de ensinar (e eu fui seu aluno)justa,
profissional e mesmo democrática. Parabéns. Pessoalmente, sempre que os meus professores de ciclo ou liceu, me diziam: Bem
aventurado o seu professor(a)da Escola primária, ou parabéns ao professor(a)que teve na primária, eu respondia: Grato estou
à minha professora de Admissão; Parabéns, dou, por tudo quanto me ensinou e por nunca se esquivar ao trabalho de me preparar,
quer para o ensino, quer para a vida, à Exmª Dona Ester Varela, minha professora de Admissão, que julgo ter aprendido com
ela em quatro meses, mais que muitos, e eu próprio, com outros professores, em quatro anos. Eu não tive a sorte de conhecer
tão profundamente a irmã - Dona Teresa Varela - mas, cresci e nasci na mesma aldeia que a viu nascer, fui seu vizinho e hóspede
da sua SANTA SOGRA, e, julgo ter o conhecimento suficiente, ao conhecer também seus filhos e marido, que a sua dignidade em
nada é inferior à de sua irmã - Dona Ester Varela - e minha professora de admissão. Em conversa com seu primo - Guilhermino
Magalhães - sobre este tema, ele disse-me: Zé, há duas senhoras que eu admiro imenso, uma é minha mãe, outra é a minha
prima Teresa.
Conheci «Professores», que faziam «bons alunos», daqueles
que já iam ensinados, aos outros, nem cartão lhe passavam. Agora estas Senhoras com S grande, nunca se pouparam a esforços
para ensinarem todos os alunos, de acordo com as necessidades de aprendizagem de cada um.
José Manuel Vilela Varela
Professor de Filosofia,
é uma autêntica «enciclopédia», mas, quase permanentemente aberta e ao dispor do Povo. É vê-lo irradiando a maior das felicidades,
sempre que se apercebe que está a contribuir para o avanço destas gentes. Devemos afirmar, antes que nos esqueçamos, que ele
trava essa profilaxia há muitos e longos anos. Há sem duvida pessoas - embora raras - que nascem não sei com que bichinho,
que só lhes puxa para fazerem bem. Julgo poder até dizer, que isso é a sua maior felicidade. Eu nunca me cansaria de o ouvir,
cada conversa com ele equivale a muitas horas de estudos/experiências, com a vantagem de não acontecerem erróneas interpretações
ou deturpados conhecimentos que o nevoeiro da minha ignorância pode ocultar. Cada «discussão» com ele, é uma viagem à terra
do conhecimento, sem medo do «Pecado original».
Só estou bem comigo
próprio quando me exprimo com uma única cara.
Ás vezes agrado
às pessoas, outras vezes não, mas a mim agrada-me ser eu mesmo.
Para além de simplesmente
célebres.
"Grandes Referências
da minha vida - Externa à minha Família tradicional (Pai, Mãe e Filhos)"
Já Falecidos:
Era o «Tio Artur»
- meu avô Paterno - chamavam-lhe assim (seu nome, era: Artur Coelho dos Reis; Era o «Zé do Carvalhal» - meu avô Materno
e meu Padrinho - chamavam-lhe assim (seu nome, era: José Augusto Nogueira); Era o Senhor «Francisco da Prudência» - chamavam-lhe
assim(seu nome, era:Francisco Henrique Novo); Era o Senhor «Santos Melo» - Chamava-se Manuel José Guerra Santos Melo
- , avô Materno de meus filhos. Única Família com capela particular. A ele se referia a célebre expressão popular, "Eu é que
mando, quem paga é o Senhor Santos"; Era o Senhor Hilário - Seu nome, era: Hilário Areias - , a ele se atribui a célebre expressão
popular, "Quem não sabe cala-se"; Era o Senhor Cunha - seu nome, Manuel de Almeida Cunha - , Enfermeiro-médico de toda a população
de Santa Eugénia - , a ele se atribui a hiperbole, "Encontrei mais de cem (100) bagos de azeitona no papo de uma (1) perdiz;
Era o «Zé L'ipio» - chamavam-lhe assim (seu nome, era: José Alipio da Cunha Cardoso); Era o Senhor
«Manuel Lousada» - chamavam-lhe assim (seu nome, era: Manuel João Varela) - .
Felizmente ainda vivos
O Filho do Tabelas - Já não lhe
chamam tanto assim (Doutor António Alves Martinho) -
sua marca pessoal extravasa já para
fora desta Freguesia, deste Concelho e desta Distrito; O Zé Man'el - Chamam-lhe assim - José Manuel Vilela Varela, Professor
de Filosofia - , uma autêntica enciclopédia à disposição do povo; O Man'elzinho - Chamam-lhe assim (Seu nome, Manuel Augusto
Henrique Magalhães) - Gerente da Companhia de Seguros Zurique, em Vila Real - ; A Menina Ester - chamam-lhe assim. Seu
nome: Dona Maria Ester Varela - minha professora de Admissão. É o «Gaspar» (meu primo carnal) - chamam-lhe assim - , obteve
o primeiro curso (contabilidade) no Instituto Superior de Contabilidade e formou-se agora em Direito Fiscal. É funcionário
da Administração de Finanças-Porto.
"Não quero deixar passar a oportunidade
de aqui referir que mesmo os primeiros continuam a viver, porque recordados."
Todos, mas mesmo todos (a) estes meus
amigos, admiro pela sua coragem, honestidade, lealdade, inteligência e filantropia. São uma marca gravada em mim por dentro,
uma contínua e permanente referência na minha vida, um exemplo.
Pessoas com quem convivi - menos do
que sempre desejei - , que tive a Fortuna de conhecer, com quem aprendi - sempre mais do que previ - , desde a Étic à Moral,
desde A Psicologia à História, passando pela Filosofia, desde a Matemática à Geografia, passando pela Língua de Camões, desde
a Teoria à Prática, passando por contextos reais de vida.
De quase todos, recordo sorrisos, sorrisos
lindos, francos e transparentes, que não raras vezes poisavam os olhos nas minhaas inquietaçoes e me diziam: ´´Ó Zé, por vezes
és tão ingénuo.
Recordo nos primeiros, a coragem dos
tempos difíceis - duas guerras mundiais, duas civis, uma colonial - , fome, guerras, e treabalho de escravatura; E também
nos tempos aparentemente mais fáceis, também recordo nalguns deles, as horas, os dias, as semanas, meses... anos de resistência,
tortura, etc.
Recordo - em quase todos - , a capacidade
de dizer não, de se opor, de dizer abertamente, não concordo e explicar porquê, de incomodar. A capacidade de reconhecer que,
enquanto seres vivos, não podim deixar de reflectir, de aprender, de conjugar a vida com a incomodidade de serem incomodos,
de serem diferentes e audazes.
Recordo em todos eles a simplicidade
de defenderem a verdade em que acreditavam e acreditam, sem pensarem em elogios e ou recompensas.
Particularmente a si Doutor Martinho,
a ti Zé Manuel e a ti Magalhães, havemos de almoçar juntos - um dia destes - e voltar a conversar.
E, mesmo daqui de longe, queridos amigos,
sereis recordados.
Ouvirei os ecos das vossas vozes, o
vosso exemplo de cidadania, de elevado profissionalismo - bem raro nos dias que correm - e de pura amizade.
Até lá, com a graça da inteligência,
um grande abraço.
Eleitores inscritos : 480 ( compreendidos
entre os n.º 3 e 711) ;
Famílias-191
Alojamentos-223
Edificios-215
No reinado de D.Sancho II, Santa Eugénia,
fazia parte do concelho de Alijó;
Em 1258, nas Inquisições de D.Afonso III,
Aparece no concelho de Murça.
Em 1269, D.Afonso III, ao confirmar o foral
de seu irmão, dado a Alijó, ainda inclui de forma condicional, Santa Eugénia no concelho de Alijó.
A verdade é que no recenseamento de 1530,
(reinado de D.João III), Aparece no concelho de Murça. Só regressou a Alijó com a reforma administrativa de 1853.
Em 1801, segundo consulta efectuada na Biblioteca
Municipal de Vila-Real, já existiam 618 habitantes em 118 edifícios, dos quais, 265 eram do sexo feminino.
Em 1849, existiam 417 habitantes em 140 fogos
(edifícios, melhor, famílias).
População existente em 1530
No Recenseamento de 1530, Santa Eugénia já constava com oito (8)
Famílias, ao passo que Pegarinhos só aparecia com três (3).
Desenvolvimento Económico
O Sector Primário, é o mais importante. Produção
de vinho do porto, moscatel, consumo, vinho Espumoso e Azeite. Tem aprox. uma área de 600ha com autorização de beneficio;
a industria de transformação de azeitona, também tem significado. A «Sociedade Agrícola Quinta de Santa Eugénia», empresa
agrícola, dedicada à produção, transformação e comercio, é a maior produtora de riqueza, oferta de mão de obra e desenvolvimento
técnico. Pela sua capacidade de inovação, predisposição para a ciência, sucesso e novas práticas adaptadas ao tradicional,
é um caso a ter em conta, um exemplo a seguir, e, julgo que deveria ser divulgada e apoiada pelas instituições com responsabilidades
governamentais, apresentando-a como «modelo» de práticas a seguir; Estou convencido de que é com medidas assim, mostrando
e aconselhando o que há de bom, que esta região se desenvolve. A «Sociedade Agrícola Quinta de Santa Eugénia», está sedeada
no Largo da Fonte, com o Tel..: 259646174.
Casais agrícolas de maior
dimensão, e, consequentemente, de maior utilização de mão de obra: Casal «Santos Melo», casal «Malheiro», «Casa agrícola»,
«Reconco», «Herdeiros de Dr.Ernesto Morais ou Dona Maria da Hora Teixeira de Carvalho».
Desenvolvimento e Turismo
O turismo, só está a dar os
primeiros passos na região duriense. É uma certeza o seu sucesso futuro. Este «atraso», teve inconvenientes e
benefícios. Os inconvenientes reflectem-se ao nível da consequente menor riqueza adquirida, duma menor rede de infra-estruturas
hoteleiras, viárias, de comunicação, etc.
Os benefícios, reflectem-se
na «virgindade» das suas terras, paisagens, costumes, etc. Pode hoje investir-se no turismo de uma forma mais consciente,
sem, como aconteceu em tantos sítios, destruir tudo à sua volta, desde o ambiente ao ar, desde as paisagens à água.
Contudo, aqui em StªEugénia,
o turismo, especialmente o Turismo Rural, é já uma realidade.
Acção Social
A cargo da Associação Cultural
e Social, com sede na rua da Veiga, n.º10. Telefone: 259645261.
Café Areias - Largo
do Cruzeiro, n.º 20. Telefone: 259645035; Café Grande Ponto - Rua Central. Telefone: 259646214; Turismo Rural – Quinta
do Reconco: Telefone: 259645311. O admirador e apreciador do que de melhor tem este lugar paradisíaco, que pretender
pernoitar em StªEugénia, apreciar devidamente os seus manjares, saborear as suas delicias, confraternizar nas suas festas,
deixar-se envolver pelos seus famosos «néctares», conhecer por dentro as suas lendas, mitos e tradições, sentir na alma a
força dos seus costumes, pode fazê-lo na quinta do Reconco, onde o espera um atendimento simples mas personalizado,
podendo usufruir das suas instalações, que comportam uma suite, cinco quartos, uma sala de refeições, uma sala de estar, uma
sala de bilhar, uma piscina, um court de ténis, aquecimento central e televisão em todos os quartos. Neste local, podem ser
apreciados todos os pratos típicos e regionais, degustados os petiscos destas paragens, saboreados os seus bolos, toda a sua
rica doçaria, a enorme variedade do seu «fumeiro». Tudo isto pode ser acompanhado dos melhores vinhos, vendo directamente
quer as vinhas que os produzem, quer o efectuar dos granjeios, quer, se for época disso, a sua laboração.
Nos cafés referidos anteriormente,
pode também apreciar toda a espécie de bebidas, divertir-se com os tradicionais jogos transmontanos-durienses, no mais fraterno
sadio e alegre convívio.
Outrora, fruto de uma intensa actividade, com enorme orgulho e palmarés, encontra-se
hoje, porém, sem qualquer actividade, e, diria mesmo votado ao abandono . Apesar de no corrente ano e já de algum tempo a
esta parte, não haver prática de nenhum desporto em Santa Eugénia, já existiram no passado algumas modalidades nesta Freguesia,
a saber: Futebol de onze – com o Grupo Desportivo, Cultural e Recreativo a figurar durante algum tempo na tabela da
2ª Divisão Regional – Zona Norte. Futebol de 5 – com organização de vários torneios maioritariamente para os jovens
e durante o verão, com várias participações de algumas equipas em competições organizadas em Alijó, no Pavilhão Gimnodesportivo,
e, por último Atletismo onde chegaram a existir na Freguesia vários atletas que, apesar de não pertencerem ou estarem filiados
em clube algum, tiveram várias participações em algumas provas Distritais e Regionais, sem no entanto obterem grandes resultados.
Assim, não havendo nos dias de hoje, nenhum desporto na Freguesia, existem no entanto os equipamentos que podem
possibilitar a prática de alguns. Esses equipamentos são. UM(1) campo de futebol pelado mas com os respectivos balneários;
um(1) polidesportivo a céu aberto que foi cedido ao Grupo Desportivo pela Junta de Freguesia; por fim, a sede desta mesma
colectividade – G.D.C.R.- que apesar de não estar equipada convenientemente para actividades desportivas, pode por ser
bastante ampla aprox.(15*8m) possibilitar a prática de vários desportos, para além de já possuir mesas de Ténis de mesa
e Bilhares; tem também palco e bar. O recinto que a envolve, para além de ser muito amplo, comporta um Polivalente.
Quero acrescentar, que o desporto, principalmente o futebol, era um factor de enorme orgulho destas gentes. É vê-los,
com um exuberante brilho nos olhos, quanto relatam feitos e resultados de outrora.
Com que alegria nos narram, que foram Campeões sem derrotas do I.N.A .T.E.L. distrital. Julgo que o futebol, é um
factor de fixação dos nativos desta aldeia, e, não entendo como foi possível o seu enterro (não consigo apelida-lo de outro
nome).
Eu,
José Nogueira dos Reis, fui Co - fundador do «Centro Cultural e Recreativo» e co-fundador do actual «Grupo Desportivo Cultural
e Recreativo»,Director desportivo atleta, sou natural e residente, sei o sentir e o sofrer desta gente, pelo «enterro»(não
posso apelidá-lo de outra coisa), do seu (deles e meu)querido e distrainte futebol. Pouco têm, os residentes desta aldeia,
que lhe permita passar com o mínimo de alegria, os feriados e Domingos. Se não forem à «bola», só se forem emborrachar-se!!!
Não lhe destruam o pouco que têm, e, não abalem o seu orgulho. Por favor, dêem-lhe mais, não lhe extorquem o escasso
que possuem. Contribuam para que eles se fixem no local onde nasceram, não provoquem a sua «Emigração», principalmente, se
esta se escrever com E !!!
Nunca
se esqueçam que cada emigrante é uma luz que se apaga na iluminação criadora de riqueza do seu país.
É bastante intenso, quer praticado neste próprio local, quer procurado noutras
paragens; esta gente trabalhadora, é também votada ao divertimento e ao «bom viver».
Sendo as férias uma preciosidade rara, só ao alcance de uns poucos,
não obstante o seu merecimento, é aos «Fins-de semana», que se torna mais acentuado, procurando essencialmente piscinas e
rios, essencialmente no período de verão.
Provérbios, cantares, cultos, lendas, etc. com tradição em todo o «Douro»
e «Trás-os-Montes», têm também aqui forte tradição e significado. O Carnaval é vivido com bastante intensidade.
Escrito Em Castelhano porque foi no Bairro de Madrid - onde aconteceu o onze de Março (11/03/2004)(Santa Eugenia) - que soube a origem do topónimo. É uma homenagem!! EUGENIA
EugeneioV, eugeneia (eugéneios,
eugéneia) es un adjetivo griego del
que derivan los nombres de Eugenio y Eugenia, y significa bien nacido, bien nacida, de buen linaje, de buena índole, noble.
Fue en griego y sigue siendo en sus traducciones, uno de los mejores elogios que se suelen hacer de una persona. Con él se
expresan las cualidades innatas, las que forman parte de la naturaleza de cada uno, aquellas con las que ha nacido. El prefijo
eu (eu) significa
"bien", y geneioV (géneios) geneia (géneia) significa "engendrado, engendrada"; con lo que el
significado primitivo de este nombre es "bien engendrada". Se utilizó mucho, no sólo en el griego clásico, sino también en
la coiné como sobrenombre elogioso, designando especialmente la nobleza de espíritu, y de ahí pasó a convertirse en nombre
propio cuya fuerza y belleza seduce a cuantos conocen su significado.
Santa Eugenia mártir de los primeros tiempos de la Iglesia. Su culto estuvo muy extendido desde los primeros siglos.
La patrística cita el dístico que desde el siglo IV figuraba en la iglesia de san Avito: Eugeniae dudum toto celebérrima
mundo / fama fuit, dum dat Christi pro nómine vita. (La fama de Eugenia fue célebre en todo el mundo porque dio la vida
por el nombre de Cristo.) Con ser tan grande su celebridad, son escasos los datos biográficos que de ella se conservan. Cuenta
la tradición que era Eugenia hija de Felipe, el prefecto de Alejandría que luego fue obispo de esta ciudad y sufrió el martirio.
Cuenta asimismo que los santos Proto y Jacinto, que también sufrieron martirio, eran esclavos suyos. Fue ella misma quien
les transmitió la fe en Cristo. También ella sufrió persecución y fue sometida a suplicio y muerte detrás de sus esclavos.
Las Eugenias celebran su onomástica el 11 de septiembre; pueden optar también
por celebrarla el 3 de enero, en que se conmemora el martirio de santa Eugenia de África; o el 26 de marzo, conmemoración
del martirio de santa Eugenia de Córdoba (Marmolejo), víctima de la persecución sarracena el año 923. En cuanto a la forma
masculina de este nombre, ha sido también sumamente apreciada: dieciocho santos, entre ellos cuatro papas, lo llevaron. Se
llamaron también Eugenio un emperador romano, siete reyes de Escocia y varios príncipes de casas europeas. Pero nadie como
la emperatriz Eugenia dio lustre a este nombre. Nació en Granada (1826) y murió en Madrid en 1920. Vivió casi un siglo. Fue
emperatriz de los franceses. Su apoyo al proyecto del canal de Suez fue decisivo.
Es el de Eugenia un nombre lleno de fuerza, que emana de su propio significado.
Los nombres, como creían nuestros antepasados, tienen cada uno su propia virtud, y actúan como un talismán. El de Eugenia
sabemos en qué dirección actúa: empuja a quienes lo llevan a ser coherentes con su nombre y a cultivar la nobleza de espíritu,
la magnanimidad, la confianza en las propias fuerzas y toda la virtud que emana del mismo nombre; fuerza y virtud que han
ido incrementando cada una de las grandes mujeres que lo han llevado. Por ello las Eugenias pueden legítimamente sentirse
orgullosas de su nombre y llevarlo como salvaguarda de la nobleza de espíritu que con él pregonan. ¡Felicidades!
Diz-se , que «Santa Barbara», Padroeira desta
freguesia, costumava ser, injusta, brutalmente, e, mesmo «brutamente», castigada por seu pai; de tal forma que uma certa
vez, ele se dirigiu para a filha, com o determinado propósito de a partir ao meio com um «machado». Deus, acudindo
em defesa de StªBarbara, no momento preciso em que o pai de «Barbara», ia a desferir o mortal golpe, enviou um raio de trovão.
«Barbara, apercebendo-se do acontecido, pediu a Deus que lhe perdoasse. Então, o raio, apenas desfez o machado em mil pedaços,
poupando o «carrasco».A partir daí, «Barbara», passou a santa, e, foi-lhe facultado o poder sobre as trovoadas. Devido a tal
facto, as gentes deste local, entregaram o seu coração a «Eugénia», dando-lhe o nome da sua morada; a sua protecção, a «Barbara»,
que segundo eles, ainda hoje os vigia e protege do alto do monte com o seu nome (Cabeço de Santa Barbara ).